quarta-feira, 1 de maio de 2013

Alguém pra dividir meu hoje

"Olha, Menino, o que eu procuro, é uma coisa estranha que muitas meninas passam pela vida sem conhecer ou sentir falta: compatibilidade. Eu procuro eu mesma nos outros, ou algo parecido."

Verônica Heiss
    


     O que eu espero de um amor?
      Muito diferente de antes, onde a resposta seria "que dure para sempre", um amor pra dividir meu hoje é o que há. O que eu espero e quero de alguém é a escuta do cotidiano, é o sorvete no sábado a tarde, a partilha das tristezas, o riso, é o filme no meio da semana, é a mensagem pedindo beijo antes de dormir,  é companheirismo, beijo apaixonado, peito pra dormir a tarde, a sinceridade, vontade de dançar junto. É troca, é crescimento.  É alguém que fale mas também que queira se dividir comigo. Entende? Não é exposição nem status de facebook.
     Eu entendi, para minha alegria,  que o "pra sempre" não existe... visto que é construção, é hoje após hoje...  E é isso que eu guardo pra alguém, porque é isso que eu tenho pra oferecer.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O eu te amo que eu não disse

Eu queria gritar daqui do coração do Brasil pra você que tá do outro lado do país. Queria gritar porque cada música fere, cada casal bonito junto doi só de ver. Queria gritar esse "eu te amo" que às vezes é amor simples e puro e as vezes é paixão louca e urgente. Queria te dizer com minha melhor dicção, com meu melhor olhar, com meu sorriso mais largo que isso que você construiu em mim foi amor. Queria te dizer aos gritos como você me confunde, como as vezes seus silêncios me ferem; queria jogar na sua cara todos as vezes que apaguei sua foto, seu contato no celular, narrar baixinho como abracei outra boca porque você me deixa solta e muda demais, e que mesmo assim não consegui não quer você depois da festa, depois da noite calma, depois de acordar, depois de ler e depois e antes de tudo. Queria gritar acima das impossibilidades, das distâncias. Queria gritar pra todo mundo que não nos viu saber como a gente é lindo de mãos dadas, como a gente ri e conversa de tudo, como é gostoso de ouvir o barulho que faz quando você estrala as minhas costas, como a gente mesmo sendo tão diferente se respeita e se ouve com tanto carinho.Queria gritar porque já não cabe no meu peito. Como se gritar me salvasse da dor de amar, da dor de duvidar, da dor de querer. Queria gritar pra te convencer de vez que isso aqui é amor, que não adianta não querer, que é injusto não tentar. Queria gritar pra ouvir a frase mágica saindo da minha boca, entrando nos seus ouvidos e quem sabe te convencendo. 

(Paloma Guimarães)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Tem que ser leve


"Porque eu não quero mais, sabe? Porque muita coisa mudou, e dizem que aos 30 as mulheres ficam com mais 'preguiça de tudo que não é incrível'.Eu cansei de noites em claro com quem não muda o meu dia.Cansei de minutos ao telefone, com quem não diz exatamente o que eu preciso ouvir.
Não sei mais desperdiçar carinhos.
Não é qualquer mensagenzinha no celular que acelera meu coração.
E entre meu sofá e um gostosão sem cérebro... deito e durmo tranquilamente.
Não troco facilmente meus livros por uma noite suando na balada e uma madrugada fedendo a cigarro.
Aliás, homens que fumam eu risquei da lista. Os que dirigem bêbados também. E dos que não tem muita intimidade com a gramática, tô fora! Eu sei que a lista diminuiu consideravelmente. E as possibilidades de "desencalhar" também. Mas eu não faço questão de nada agora, sabe? Lembro que aos vinte eu sentia uma carência enorme quando ficava algumas semanas sem alguém...
Se uns acham que fiquei mais fria perto dos 30, eu digo que fiquei é mais seletiva. E o amor-próprio? Vai muito bem, obrigada! E admito, um amor cairia muito bem! Mas amor de verdade, sabe? Daqueles que transmitem paz só de olhar. Alguém que me aceite com todo o meu histórico de amores mal sucedidos, e minhas teorias malucas sobre o verbo amar.
Alguém de quem eu não precise mais do que a minha própria vida, mas que precise de mim pra vida inteira. Alguém só meu. E que não sinta necessidade de ser de mais ninguém. Não quero o cara sarado da academia, quero o cara de coração bem resolvido.
Não quero o cara perfeito. Só quero o meu cara.
E por isso eu espero, sabe? Sem procurar, porque isso me cansa demais. E eu ainda sou meio à moda antiga. Ser conquistada, pra mim, tem muito mais valor.
Eu ando naquela fase de me amar, pra saber ser amada depois. Eu ando me redescobrindo e me apaixonando por mim mesma. Tirei do baú os velhos gostos que sempre fizeram de mim uma boa companhia pra mim mesma. E vou vivendo. Não seguindo o fluxo das coisas. Vou vivendo do meu jeito, com as minhas manias, os meus livros, as minhas poesias, minhas músicas e meu sonho secreto de encontrar meu príncipe, mesmo que não seja tão encantado assim, e de finalmente, viver o meu “felizes para sempre”.
Porque a felicidade que eu tanto procurava nos outros, eu encontrei dentro de mim."


Karla Tabalipa

sábado, 6 de outubro de 2012

Laços que não dão nó



Por muitas vezes nesses dias eu me senti impotente diante da vida. Converso com pessoas diariamente, pessoas que participam do meu dia, dos meus pensamentos, até dos meus sonhos. Pessoas que estão longe, que eu não posso abraçar ou dividir uma coca-cola. Pessoas que eu queria mais perto, que eu queria ver, que eu queria deitar ao lado no sofá e assistir um filme, talvez até cozinhar. Porque ta aqui um coisa que eu nunca vou consegui me conformar: distância física. Eu queria aquelas coisas da Disney; tipo, você imagina e magicamente a pessoa aparece, ai vocês sorriem e aquela pressão pra ser bom, pra ser feliz o tempo todo, pra ser genial, engraçado desaparece. Eu sinto falta do olho no olho, sinto falta do corpo que conversa comigo o que a boca não diz, sinto falta de decifrar feições, de cutucar, de pegar na pessoa só pra ver se ela tá ali mesmo de que é real estar ao lado de alguém que vive dentro de mim. O amor é pesado e eu preciso de abraços e beijos que o descarreguem, que o torne leve. 

Vivo sonhando com encontros e reencontros, com dias bons de sol pra caminhar ou de frio pra ficar debaixo da coberta, com a sala cheia daquelas pessoas que eu divido o sorriso na foto que tá na estante. Porque a gente vai crescendo e vai vendo as coisas mudando, as pessoas seguindo seus rumos, distanciando-se. Mas acho que ninguém sabe ao certo o que fazer com a mão que sente falta da bença da mãe, do pai, da vó, do tio; com os braços que abraçam o travesseiro e não os amigos, com o aperto que da no coração, com a saudade daquele beijo. 

Eu não sei, a gente não sabe, mas  a gente continua. E espera que dê tudo certo. E liga, escreve, vai amenizando. Mas o que a gente faz com os laços que não dão nó? 

(Paloma Guimarães) 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pois

Se Você estiver ocupado demais para me ligar, eu vou entender. Se você não tiver tempo para me mandar mensagens, eu vou entender. Se você tiver fazendo algo mais importante e não puder me ver, eu vou entender. Se você fingir q não está nem ai pros meus sentimentos e continuar me ignorando, eu vou entender. Se você continuar desperdiçando seu tempo de vida com coisas Fúteis, eu vou entender, mas se eu parar de te procurar aí é sua vez de me entender. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Do que sinto falta


“Parcele a saudade. Ela é insuportável quando deixamos para lembrar tudo num só dia.” — Fabrício Carpinejar




Me tira as palavras e me aperta o peito. É assim que meu corpo e meu intelecto reagem as lembranças a nós dois. E dói demais não estar contigo agora ouvindo essa música boa que me deixou com vontade de escrever pra você, só pra te contar que, nos meus sonhos, a gente passa a noite toda falando sobre tudo sem se cansar,  até dar sono e a gente dormir de conchinha no sofá mesmo, que a gente ri junto enquanto come, que eu tô deitada do seu lado quietinha ouvindo música, que a gente ainda se beija como se o tempo parasse. E por falar em tempo ele perdeu pra gente... a gente o trollou porque não foi necessário que ele nos desse muito não... Foi tudo e continua sendo em nós e não importa o que será. Importante é isso: que hoje eu durmo pensando em você porque isso me faz dormir melhor, que hoje eu acordo pensando em você porque melhora meu humor, que hoje eu morro de saudade do seu sorriso, que hoje é você quem segura a minha mão no clip que eu invento ouvindo música, que hoje é você.  
É... eu sinto falta de muita coisa, mas a verdade é que dele... ahhh... dele eu morro de saudade! 

(Paloma Guimarães) 

domingo, 26 de agosto de 2012

Quero



Queria tanto alguém que me devolvesse. Alguém que eu não precisasse ficar imaginando "será que ele gosta de mim?".. pq seria lógico que sim, que ele de mim gostava, e muito enfim. Queria acordar com mensagem, queria q alguém me mandasse música linda porque sempre que ouve lembra de mim. Eu sempre faço tudo isso, mas agora queria alguém que fizesse por mim..

sábado, 11 de agosto de 2012

É (podia ser)




“É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que você gostasse e cuidasse de mim. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga, não estraga, não estraga. Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga ou sorri. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.”

quinta-feira, 26 de julho de 2012

bonito




E porque você não veio ontem a madrugada foi mais fria. Não achei os rastros de beijo pelo meu rosto, mas acordei leve de saudade, cheia de paz, e isso só acontece quando você esta gostando pra caramba. E nós estaríamos apaixonados se as circunstâncias nos permitissem, porque ambos sabemos a gravidade da dor de um amor distante, e por isso não permitimos deixar crescer algo que nos consumirá. Olhe para mim escrevendo porque há um dia que não o vejo, porque a falta de presença dele não consegue ser ausência, porque é bom demais conversar com ele, ficar em silêncio deitada no peito dele, porque não dói quando ele me morde e quando ele me pende um pedaço dos meus lábios a vontade que eu tenho é de dar meu coração. Mas não peço nada, conheço as ilusões do começo de qualquer afeto e sei que é difícil se manter lúcido do meio de tanta coisa boa, porque a vida é crua, corrida e difícil e quando algo bom acontece a gente se apega fácil, o que é completamente compreensível. Tudo isso me bagunça, embaralha meus pensamentos; e eu tão pensadora e racional não consigo decifrar o que se passa. Isso é muito bom... muito. Bom.  

terça-feira, 24 de julho de 2012

O ponto



"O fim é belo, incerto. Depende de como você vê" (O teatro Mágico)

Chegara ao ponto de me anular, de me calar, de me fazer aceitar situações que outrora não fariam parte da minha vida. No época por amor nada disso era pesado, mas agora, sem a obrigação de dar certo, sem aquela pressão de ter que fazer de tudo eu entendo que estava se tornando destrutivo. Meus membros eram corroídos pelo pensamento de que alguma coisa faltava, de que estava errado receber tão pouco. Eu precisava demais de mais. Me anestesia saber que foi o melhor que pudemos, que foi o mais longe que conseguimos ir, que cada um deu tudo que tinha para dar. Mas eu sou esse poço de sentimentos que sempre quer mais e mais rios de afeto, atenção, carinho, diálogos. Eu sou do tipo que dá o melhor, das sinceras, compreensivas, divertidas- com muito atrevimento- das raras. Eu tenho essa sede e ele era alguém que não me saciava nem com o seu todo. Então é perfeitamente compreensível que com o passar do tempo essa relação começou a me sugar, a me anular e a única saída que encontramos foi sair dela, aos poucos e indiretamente cada um seguindo. Foi vital para sobrevivência da nossa individualidade, para vivacidade dos nossos desejos e expectativas.  Hoje? Hoje há muito amor, mas não há paixão  suficiente pra re-unir. Desconfio que será sempre assim; uma lembrança em 3D, dessas que aperta o peito, faz o olho brilhar, arranca um sorrisinho de saudade e que tira o ar do peito pra caber mais você na minha saudade. Seguimos, mas como diz Caio Fernando “cada um sabe a falta que o outro faz”.
E eu perdida não sei como acabar um texto que começou falando de dor e foi terminando falando de carinho. Enfim e em fins. Quem os entenderá?


(Paloma)