Por muitas vezes nesses dias eu
me senti impotente diante da vida. Converso com pessoas diariamente, pessoas
que participam do meu dia, dos meus pensamentos, até dos meus sonhos. Pessoas
que estão longe, que eu não posso abraçar ou dividir uma coca-cola. Pessoas que
eu queria mais perto, que eu queria ver, que eu queria deitar ao lado no sofá e
assistir um filme, talvez até cozinhar. Porque ta aqui um coisa que eu nunca
vou consegui me conformar: distância física. Eu queria aquelas coisas da
Disney; tipo, você imagina e magicamente a pessoa aparece, ai vocês sorriem e aquela
pressão pra ser bom, pra ser feliz o tempo todo, pra ser genial, engraçado
desaparece. Eu sinto falta do olho no olho, sinto falta do corpo que conversa
comigo o que a boca não diz, sinto falta de decifrar feições, de cutucar, de
pegar na pessoa só pra ver se ela tá ali mesmo de que é real estar ao lado de alguém
que vive dentro de mim. O amor é pesado e eu preciso de abraços e beijos que o descarreguem,
que o torne leve.
Vivo sonhando com encontros e
reencontros, com dias bons de sol pra caminhar ou de frio pra ficar debaixo da
coberta, com a sala cheia daquelas pessoas que eu divido o sorriso na foto que
tá na estante. Porque a gente vai crescendo e vai vendo as coisas mudando, as
pessoas seguindo seus rumos, distanciando-se. Mas acho que ninguém sabe ao
certo o que fazer com a mão que sente falta da bença da mãe, do pai, da vó, do
tio; com os braços que abraçam o travesseiro e não os amigos, com o aperto que
da no coração, com a saudade daquele beijo.
Eu não sei, a gente não sabe, mas a gente continua. E espera que dê tudo certo.
E liga, escreve, vai amenizando. Mas o que a gente faz com os laços que não dão
nó?
(Paloma Guimarães)
(Paloma Guimarães)
E o que fazer com o amor que cresce, cresce?
ResponderExcluirTE AMO, LÔ!!
Laços que não dão nó! Só vc mesmo, hein?
ResponderExcluirVim aqui matar a saudade da sua poesia e olha o que encontro! Justo o que procurava!
Essa ausência, esse confronto entre o ideal e o real, a saudade, o afeto, o contato, olho no olho... a vida é o que descreve suas palavras! Quem pode dizer que não sente falta dessa profundidade nas relações? Quem pode não desejar isso tudo aó que vc disse?
É... esses laços não dão nó mesmo. Eles desatam nós. Nos libertam da solidão de nós mesmos!
E na ausência disso, "Eu não sei, a gente não sabe, mas a gente continua"...
(ps.: Foi uma delícia vir aqui novamente, Palominha! <3)
Obrigada por lerem, gostarem, divulgarem. Sinceramente eu achava que ninguém vinha por aqui...rsrs
ExcluirFico imensamente feliz por saber que um pedacinho de mim agrada um pedacinho de vocês. Obrigada de novo.A porta esta sempre aberta.