
Andamos
poucos metros lado a lado, mas a caminhada que ela fez comigo foi muito além
destes metros. A simplicidade que existiu em nossos gestos, principalmente no
dela em aceitar com tanta gratidão, mobilizou-me a refletir sobre muitas
coisas... Poucas vezes na vida desejei com tanta intensidade que todos os homem
tivessem uma casa, um mínimo de conforto, especialmente neste tempo de chuva e
frio. Porém, o mais alarmante foi eu ter que pensar se iria ou não ajudar alguém, sobretudo em um situação que
só exigia gratuidade, que não arrancaria nenhuma parte do meu corpo, e acho que
foi justamente por isso ficou tão difícil decidir. A dor de dentro gera em nós
algo muito maior que um corte, uma perfuração. Vencer o individualismo foi
muito pior que pular poças de água, que afundar na lama. Eu não mal sabia
abordar-la, oferecer-lhe ajuda. Onde e quando ficamos tão mecânicos e
racionais? Quando desaprendemos a gentileza tão gratuita? onde perdemos nossos
extintos de ajudar nossos semelhantes? Os animais não fazem isso?
Talvez
pra ela eu fui apenas alguém que fez algo legal e muito estranho, mas ela levou
de mim algo muito maior que isso, maior do que eu posso explicar. Continuamos
estranhas, mas não as mesmas...
issso não é uma mulher não gente.,...rsrsrs ...s2
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