
De olhos fechados ele se
deixava acariciar pela ternura dos olhos dela, que cintilavam todo amor que
tinha por aquele moço que dedilhava sua costas como o melhor pianista de Paris
faz com um piano de cauda. Ora em vez ele abria os olhos só pra ela
sorrir e ele sentia pontos de felicidade plena- nada mais nobre que fazer alguém
feliz-, em outros momento a beijava, acariciava com tamanha ternura que eram os
olhos dela que se fechavam para ele e se abriam para sua alma, naquele momento
tão leve e florida.
Depois de dias tão cansativos aqueles poucos minutos que
podiam ficar assim deitados- ou seriam misturados?- valiam por todo tempo
que tinham que ficar longe. Valiam todas as noites que ele ia dormir sem o calor
do corpo dela e ela sem o som da voz dele contando coisas cotianas, mas que ela
ouvia com muita atenção - tudo porque vinham do mundo dele, mundo que ela queria
possuir e participar.
Era inevitável não pensarem no futuro, não fazerem
planos, não sonharem com a casa ou apenas com um tapetinho onde a brisa fosse
melhor. Diziam casamento muitas vezes porque acreditam que este o caminho para
quem quer ir de mãos dadas.
Mas entre tanto tempo o tempo chegou e era hora de se
levantarem e voltarem para mundo fora deles, fora daquele amor e de todo encanto que
ele os proporcionava. Então ficam de pé, mais sarados que nunca, e caminharam: juntos.
(Por Paloma Guimarães)
Eu passei aqui..rs
ResponderExcluirMuito lindo, Pó!!
Seu blog é lindo. Tudo aqui é lindo. E essas suas palavras me comovem de uma maneira absurda, me enrosco nas palavras, me debruço nas frases e quero ser texto também. LINDA!
ResponderExcluirObrigada, Pê, por toda atenção e carinho.
ResponderExcluirJai, isso pra mim é mais que uma honra.. vc é tão sei lá.... Linda? é isso.
Obrigada por povoarem o Por Trás das Câmeras :D
Não desiste! Esse texto é prova que suas palavras são águas puras que molham o jardim do coração de muita gente! Inclusive, o meu. Te amo, Rosinha ♥
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