quarta-feira, 25 de maio de 2011

Inefáveis

"Colheste um verso ao invés de flores dos meus olhos, minha pele silvestre já não se cobre mais,o cheiro de alecrim invadiu entorpecente tudo que tocaste dentro de mim.Eis a fúria que habita minhas retinas tontas de sal:esse teu ser incandescente que docemente cega minha busca anteriorde outra atmosfera...O invólucro suave de tuas mãos que dançam sobre meus espinhosarmanezando todo éter que antes era solto no invisível e quehoje tem os contornos da tua boca silente fechada em sorrisos inefáveis."


Ivana Pascal 

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