Pequena crônica
No ponto de ônibus distraído e olhando para os rostos- algo incomum no nosso tempo- que atravessavam seu caminho procurava ver neles razão, motivo e circustância para serem tão sós, tão tristes. Foi quando, como uma pequena epifania, a viu na poltrona mais alta do lado direito, seu rosto era iluminado e o sorriso simples e verdadeiro. Em 2 segundos ela arrancou daquele homem um sorriso que horas de conversa não conseguiram arrancar. Ela retribuiu, de que planeta sería? Porque no nosso as pessoas não saem os distribuindo assim para um estranho de casaco e mãos no bolso. Senhor, se naquele momento o céu não se abiu ele ficou mais claro, o sol atrasou sua morte diária em 5 segundos, todo seu ser vibou: seu coração começou a bater intensamente, suas mãos não sabiam mais se permaneciam no bolso e seu sorriso levemente foi diminuindo, ficou tímido, porém se avivou, ou melhor, não teria sido sua vida a avivada?
Depois daqueles mágico momento percebeu que as pessoas que passavam não estavam tristes como ele pensava, viu que existiam pessoas que como ele ficavam horas no ônibus mas não desanimavam, viu que existiam outros pais e mães que ficavam mais no trabalho do que com a família e constatou que outros nem tem esse refugio pós dia ruim ou bom. Agradeceu a Deus por sorrir nos lábios daquela menina e sorriu também, daquele dia em diante sorriu sempre apesar de.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um blogero feliz e comente =D